sábado, 26 de novembro de 2011

CAMPEONATO BRAZUCA 2011

Nos bastidores do Esporte, o botafoguense LOCO ABREU, como autoridade no assunto, questionou nosso atual Ministro da pauta, Exm-¹º ALDO REBELO, pelo constante péssimo estado do Engenhão que além do futebol vivia entrega aos interesses dos astros da música Pop, pois o mesmo deveria ter o seu gramado considerado como Área de Preservação Permanente. O outro lhe respondeu que "em caso de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto nas hipóteses e na forma definidas em regulamento do Poder Executivo Federal", como redigido está no CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO..., ou seja, "CBF"! Ora, se o gringo fosse pelo menos fosse atacante do Corínthians, borra!

A LÊNDIA

Priáprimo, com o exaustivo assédio de -linos e -ninos, apelou ao abismo. Escolheu o Mestre Álvaro como paradeiro. Ali orou e jejuou durante um dia e uma noite. Na auhora derradeira, tocavam em um dos seus celulares Prepúcio e o Precipício um remix de um sertanejo antigo. Desfez-se das vestes e vupt, liberdade, pelintra ao vento que lhe privilegiava as partes. A vida começava a lhe passar como capítulos do catre. Tuc. Devido ao excessivo tempo de exposição pelo desafortunado equilíbrio e demora do socorro, quase que a inanição se tornou a principau calsa do seu voluntário extermínio.

sábado, 24 de setembro de 2011

TESTE inVOCACIONAL

Lá pelo fim da adolescência, minha mãe ouviu de uma vizinha, cuja filha prodígia já fazia o curso de DIREITO na Ufes, sobre o tal teste para assim descobrir o que em mim não poderia dar errante. A matriarca tirou corajosamente um dinheiro do nosso enforçamento familiar e fui eu, canela-verde, em direção a um puta consultório de psicoalgumacoisa, na capital... Aquela grana na carteira zombando do meu solitário Cadastro de Pessoa Fundida. Cheguei, fui muito bem recebido pela atendente, em alguns minutinhos, encaminhado a uma sala muito bem decorada, onde passei a tarde a fazer garatujas e untar os dedos em biscoitinhos Piraquê duma bandeja. Bem depois, quando inquirido sobre meus rabiscos, pela profissional responsável, respondi as perguntas com vazios de convicção, pois, além do incomum habitant, me vinham lampejos da falta que aquela grana faria em casa... Ao fim, com a palavra a psicólonga, de minissaia, sentada num pufe (talvez para dar uma certa ninformalidade a coisa...): "...diante do que você nos apresentou, Pedro (assim mesmo no plural, mas éramos somente os dois no ambiente), há muita energia em você, também nos parece que você gosta de sair e conhecer pessoas e tem uma leve tendência a falar sobre tudo..." ...e terminou o veredicto falando de uma grande sensibilidade artística de minha parte. Daí que fui fazer Letras, já pensando em ser escritor! Hoje, cá-gosmeus bostões... energia/potência, pessoas/presença e tudo-mais/Onisciência, putz(!), eu já era um novo MESSIAS, mas ali comecei a sabotar minha cruz!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

PAPO DE BOTECO-TECO NO GARGALO


Seria mais uma cervejinha despretensiosa, serial, se a televisão não estivesse ligada na nova lei das Cautelares: “Eita país!” “Agora que vai ter ladrão mesmo!” “Hoje ninguém pode mais nem com as crianças...” “No meu tempo pai descia a porrada, porque pai bate para a polícia não bater”... Porra, essa foi demais, na próxima batida, vou argumentar que já apanhei bastante em casa... Gente, nem todo mundo tem dinheiro para bons advogados para quem a lei costuma ser muito branda... “Safadeza” “É, mas já falei com minha filha, se eu pegar ela piranhando ou fumando maconha... ” “Porque lá em casa, eu sempre converso com os meus...” Bom, sempre não é todo dia, muito menos toda hora, pois quase meia-noite e... “Quando mulher não trabalhava fora era diferente”. Era sim, você reclamava que tinha de arcar com todas as despesas sozinho... “Acho que o exemplo deve sair de casa!” O exemplo sai, mas depois volta pra casa dirigindo bêbado. “Porra, tô precisando comer uma piranha!” Que não seja a própria filha, né, já que... Nisso, o jornal já havia terminado há tempo, o Fluminense já estava ganhando de três a zero e o papo voltava sempre nas Cautelares quando veio o tiro de Miss Ericórdia: “Agora a culpa mesmo é do casamento entre viado” Aí me engasgay com a cerveja... “O professor se doeu, hein!” "PUTZ!"

segunda-feira, 30 de maio de 2011

NATURALMENTE CULTURAL / CULTURALMENTE NATURAL

“Deus fez o macho e a fêmea, o côncavo e o convexo, “ambos os dois” sexos para compartilharem do paraíso...”. Esse ainda tem sido o principal argumento vivenciado por mim nas mídias orais e escritas, mais precisamente dos balcões de reclamação (dos bares) aos compartimentos chamados de “carta (ou desabafo) do leitor” (dos jornais locais), para rechaçar a união legal de mulheres e homenssexuais. Às vezes, uma e outra intervenção mais corajosa para desbancar o caráter hegemônico da coisa, mas não o suficiente. Posso até entender essa a-versão teológica pelo tempo e espaço em que se consolidou, mas, não concordando, poderia apresentar outras mais tolerantes com relação às metas e metades envolvidas na questão. Entretanto, muito se passou e muitas foram caladas, porque exterminadas pelo teocentrismo ocidental; enquanto que outras perderam seu apogeu pela conivência..., por isso, também tornaram-se anacrônicas para crônicas; mesmo que ainda agudas... Contudo, sincronizemos a peleja: Deus também me deu cabelo liso, enrolei; crespo, alisei; pele branca, bronzeei; negra, amarelei; budum, perfumei; pelos, depilei; filhos, abandobullyinei; inteligência, embolorei; dentes, arrancaram; largo, fechei; pequeno, acrescentei; grande... deixei! Aqui, os parâmetros com os quais lidamos são culturais, convenientemente naturalizados pelos mesmos detratores da diferença. Daí, prenso que com sexo tudo é com cavo, ludo é conexo!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

DEFINITIVA MENTE NÃO SONHO MAIS


Há quem diga que tanto a vida quanto os sonhos são inenarráveis, seja pela limitação dos sentidos humanos, sejam p(ê)os medos anseios e frustrações que perpassam os envolvidos. Tanto melhor, pois isso não impede que transformemos o ambíguo umbigo em ubíquo, pelas categorias do simbólico. Assim, aqui, não discuto criação: o ovo versus a galinha: quer ser criativo abra uma granja ou transforme linguagem em literadura... Será o sonho um eufemismo para pesadelo ou sonho ruim, um pleonasmo???: Tenho dois personagens principais, um se chama J., tem dezesseis anos, e o outro, W., tem  32. O diabo é que o primeiro tem as feições do segundo quando este tinha aquela idade... Chega em casa a notícia por um colega do mais novo de que este estaria devendo uma graaana a uma boca de fumo e, como tal, ou os pais arcassem com a dívida ou ele morreria. A mãe com a feição preocupada da avó vai perguntar ao filho mais velho, safra do seu primeiro casamento, o que ele sabia a respeito daquilo. O enteado, que assim como eu não possui ali traços delineados, diz que nada, pois trabalhando feito louco como iria saber do lirmão que não faz nada o dia todo e maleporcamente estuda! Saímos os três a procurar a polícia para sabermos como se proceder no caso. Os agentes da segurança pública disseram que aquilo se tornara corriqueiro e como eles não podiam garantir a segurança das famílias, orientavam-nas para que pagassem, do contrári... De alguma maneira, o traficante soubera da nossa investida e de praxe foi tirar $ati$fa$$ão comigo: Não me lembro da cara que fiz... Ele já não queria mais a quitação do suposto débito, mas a entrega da casa ou então... Fixou uma data pra a nossa debandada! ...o caçula nos garantia que nunca existiu tal dívida, inventara aquilo, porque queria dinheiro para comprar um ultramegaultimolançamento de algo que para ele era da maior relevância naquele momento: ...O irmão esbravejava com o punho em triste que estragamos o moleque, porque no tempo dele a coisa era diferente... e que a casa que a avó que era vó construíra com tanto sacrifício; ...O caçula com cara de irmão gritando que iria sair de casa; ...A mãe com cara da mãe pedindo calma aos meninos: que cara teria feito eu naquele momento? OUÇO um arpítrio de longe e OUTRO de bem mais perto E OUTRO: “Um guarda municipal agora para quê, se nem em sonho tenho carro? Só me faltava essa! O João no berço chorando, a matriarca indo sono de tonta até ele, o irmão dormitando com a televisão ligada no quarto ao lado e avovó, presumo, ressonando no piso debaixo. Acordei xingando o saci do vigilante noturno por ter acordado a criança com o agourento ruído!!! Daí... Pensando bem, sempre fui relutante àquela ideia de que os homens como perspicazes escritores estivessem sempre à frente do seu tempo...

segunda-feira, 18 de abril de 2011

NÃO SE RETIIRA ASSIIM O NILIISMO DA LIISTA

Ah, p(Á)raDoxa, ele não é meu, digo o liismo, é nosso, poiis cultural. Nem sequer se trata de um estado de espííriito, este é moeda de troca para lotear o além e enriiquecendo alquéns. A questão a meu ver é, mesmo com um hiilho tão maraviilhoso como o João, o Augusto, como não ter tão sensação de niilidade tendo que encaiixá-lo em valores tão reaciionáriios, onde o fanatiismo aparece como nosso principal abjeto de desejo. Desde a playycenta escuta-se coiisa do tiipo: ele vaii acrediitar em qual tiime, ele vaii torcer pro Criistiianiismo, de qual facção, Cariismátiica ou Vangéliica? Os mesmos curiiosamente termiinam diizendo que o iimportante mesmo é nascer “normal” e com “saúde”, claro, utiiliizando-se como parâmetro, assiim a aporiia vem fadada à catalogação. Aíí, quando você rechaça que futebol, reliigiião e sexualiidade ele deciide quando crescer, lhe torcem o nariiiz! Assiim, o comentáriio deveriia ser do tiipo, como não ser niliista quando seu subjétiil acaba de nascer ao saber de uma cultura tão possessiiva, rancorosa e destrutiiva. Reza a lendiia que somente se aprende pela dor e a miinha é sempre maiior que a sua. Além diisso, nessa selva de plata, sobreviiverá ele aos váriios siistemas: diigestóriio, respiiratóriio, excretor... nervoso e capiitaliista, fará dança flamenca, será feliiz herdando a biibliioteca dos paiis? Já que nenhum clAMOR seja mesmo iincondiiciional ne$te Real, vaii-se do cariinho ao carrinho em muiito pouco tempo, só espero conseguiir, ao menos, auxiiliiá-lo nos traumátiicos riitos de sociialiização: famííliia, amiigos, escola... (Meu Zeus, de que lado do  bbullyyiinngg ele vaii estar?); depoiis: puberdade, dorogas e funk'n roll; até se tornar um ciidadão curto: Pedagogo, Jornaliista, adiivoGADO, BANQUEIIRO: poderiia estar pediindo, mas estou legal-mente tomando, OU ter o Dom Sarneyy de Ser: podriia tá trabalhando, mas tô matando e roubando. Com a concorrência, diFíssil será conquistar um feudo do tamanho do Maranhão. Quiiça do Espííriito Santo. Viila Véliica já é da bancada evangelha! Assiim sendo, não sejamos paiinarsiianos com a criiação, poiis em cada um não cabe de cor a carênciia e a carííciia de ser o que se pensa que É!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

DAS CALÇAS POLITICAMENTE CORRETAS


Corre no anedotário nacional e internacional, de Língua Portuguesa, a seguinte blague: Era uma vez três operários da construção civil que estavam a limpar vidros em um infindo andar de um mega-edifício de proporções árabes, quando um deles sentiu uma inconveniência no sistema excretor não-delgado. Queria descer o andaime, mas os outros dois acharam a lida tamanha, então, sugeriram para que ele obsequiasse junto à madame, dona da respectiva janela, para que ela o deixasse utilizar seu reservado: “Sem objeções, meu senhor!” Enquanto o necessitado se ausentara, a plataforma soltou-se das hALTURAS, atrabalhando o sápado! A Mídia local, por sua vez, promoveu uma comoção geral; assim, o enterro foi O evento; daí, o patrão também comovido ofereceu uma boa indenização às famílias das vítimas. A esposa do sobrevivente, muito emocionada também, olhou para o marido e... “O bonitão, lá... defecaMdo!!?” É claro que, aqui, por questões óbvias, omENti que o mesmo era, entre outras coisas: negro, ateu e homENssexual, ENTERtanto, não percamos a MOBRAL DA HESTÓRIA: Não adianta varrer o preTonceito para debaixo do tapete, nem PERSA, pois a Língua levanta, daí a boUca morTe, quando não aÇopra!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

MASSACRE E DEMOCRACIA


Quando, pelo calor da batalha, de maneira provocativa sugeri, aleatoriamente, que Wellington Menezes de Oliveira tivesse invadido o Congresso Nacional ou alguns dos seus congêneres estaduais ou municipais, ao invés de ter covardemente assassinado crianças numa escola em Realengo, depois me assustei, pois dez entre dez eleitores não somente concordaram comigo mas alguns também deram mais ênfase do que eu esperava para minha arbitrariedade. Prestem atenção, ilustradíssimas autoridades, no que vocês estão transformando o nosso panorama político. Curiosamente, paralelo ao acontecimento na escola do Rio de Janeiro, estava eu fazendo uma montagem no meu scarfacebook entre uma foto da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, a casa do polvo (haja tentáculos), e outra de alguma carceragem, esta que infelizmente grande parte daqueles moluscos e seus assessores somente conhecem pelo viés do “caviar” do Zeca Pagodinho: “nunca vi, não conheço, só ouço falar”. Pois bem, sabe-se que de certa vez, em determinada eleição de Vila Velha, o mosquito ganhou disparado dos candidatos concorrentes, mas o mesmo não tinha se inscrito por ser iletrado. Se fosse ao menos senil-analfabeto como provou ser determinado vegetal, graças à zombaria de grande parte do eleitorado sampaulino. Contudo, pode-se constatar que, senhores legisladrores/executores/jurispundentes & coadjuvantes, nem todo brasileiro possui a mesma espirituosidade para tanta gozação com o erário, daí, para além de sempre os mesmos apagarem feito patos: negros, mulheres, gays e crianças, talvez ainda poderá sobrar parte da conta para os senhores, pobres políticos: estoycínicos!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

AMARTE MILITA-A-VIDA EOUH A LIDA IMITA MARTE

Esquilitices de todos os telhados, vindro, o álibi daKilo que limita o que não se encerra fác!L. Vejamos, a frase mais dita no mundo em todas as !nguas, deve ser “Amor, ! love you” e suas variantes, porém, se você a diz repetidas vezes, seu bem não acredita; se adia, duvida, eis a vitalícia dívida com a diva. Em todo caso, siga o seu coração e: mentA! Seja cleMente, ceLebral, assim, beirando a ração: um bêbado prum fumante: você tá torrando dinheiro, cara! Porra, você tá mijando ele! É, mas o IBrAMA só condena as queimadas e resguarda os recursos hídricos! (“O infermo são os outros!”) Como discordar de tão veemente argumento... Bom, talvez o exemplo seja por demais xhulo, quando não xhulé, né? Doutro: fascoso político da capital capixaba, numa das tantas vezes que foi intEimado por suas bandaleiras com o TeSOUrário, chegou ao Tribunal da mão-consciência num apertado terno listrado e segurando A bíbLia debaixo do bAço. Quando foi inquErido por um sagaZZZ repórter sobre a presença da sagranA no profado, sua supre-macia resbosta: O JUSTO É SEMPRE UM PERSEGU¿DO! Pairando agora em um exAmplo, pois literário (mesmo que sempre acusado de falta de pragmatismo), chego a Joyce, o gAMES; segundo cAmpos, o aUGUSTO (axoqu[é]maiormenoaçim): “Colocar as mãos onde homem nenhum jamais colocou os pés”, nada a ver com a Mua, hein, mas com os enlEIOS da Lusa, muito emcasa (ou embora) ambas já tenham a essa aLtura levado pesadas PEsadas. DIAnte de tal panoBrama, talvez fique mais fácil entender nexo sistema solaRdo... Até porque armeia culpa, orientanto-me pelo calor artístico das partes: nunca ped!, voto, mas já roube! corações; já mate! de Ra!va; jamorr! na r!ma: O mundO cOmO maniLHa de representaCão!

terça-feira, 29 de março de 2011

FRALDA SUJA X FICHA LIMPA

Há em nossa sociedade um forte apelo para que elevemos as punições para os infratores infanto-juvenis como se fossem eles os grandes causadores das nossas desgraças, todavia não me lembro, por exemplo, da presença de nenhum representante da referida faixa em nenhuma das fases da expiação (delação, julgamento, condenação, execução) de Cristo. Talvez, vagamente, um menor aprendiz tenha aprimorado sua carpintaria na confecção da cruz... De certo também que busquei algo um pouco distante da minha prática de leitura, no entanto, o que todos deveríamos saber é que, tal como agora, o senso era tratar  a criança como um pequeno adulto, já que a nossa noção de adolescência nem existia, muito menos a de crime por pedofilia(?)... Não percamos o fio da mesada, dublês de meretríssimos, partamos para atos e atores bem mais recentes onde há documentos escritos e iconográficos que endossem a minha tese: duas grandes guerras mundiais, guerra fria, todas as ditaduras da América Latina e seus desenrolares e agravantes atuais, Vietnam, Malvinas, Golfo Pérsico, Slobodan Milosevic da Iugoslávia, 11 de setembro e USAddan Russein, Líbia, Usina Nuclear no Japão, A FICHA LIMPA do Brasil (ainda se precisou de um voto de Mi-enerva)... Somente citando os desastres de maior ibope para ele$ e impacto para nó§! Ainda assim aparecem justiceiros de toda ordem e desordem querendo que bodes expiatórios saltem das grades do berço para dentro das penitenciárias sem a devida atenção do Estado, quando, se bem me lembro, as armas utilizadas nos precoces e equivocados ritos de passagem pelos referidos também são produzidas por adultos; também pela conivência destes, drogas são trazidas, distribuídas e vendidas sem restrição classificatória. Isso tudo me leva a constatar que não há nada daquilo que um ser de menoridade tenha feito ou faça que uma marcha adulta dentro ou fora do comando já não tenha feito pior (“Existirmos, a que será que se intestina...”). Por sorte, o metano proveniente da decomposição orgânica poderá ampliar as reservas de energia do nosso planeta, mas há o problema com o excesso, o da combustão espontânea potencializada pela estática. Conveniência!

quarta-feira, 23 de março de 2011

VAMOS COM VERSAR A RELAÇÃO

A TRIBU(n)DA de domingo, 20/03/2011, traz como matéria de capa do seu Caderno de Cultura (AT2) um profícuo tema: se as mulheres tivessem um PROCON restrito a suas causas de que elas mais reclamariam. Ali, um(a) personagem global faz coro às lamúrias delas com a predominante queixa do porquê dos homens não discutirem a relação... Ora, imaginemos que desastre seria para a versão diva de Cleópatra se, em alguma passagem de sua estória, tivesse lá a rainha em vez de seduzir reclamado que Marco Antônio, sempre preocupado em conquistar mundos e f(o)ndos, não parasse nunca para discutir com ela sobre a tal ou vice-o-verso: tivesse ele se preocupado com isso desde o seu primeiro caso rumoroso, quais prejuízos não poderiam ter a História do (p)Hoder no Ocidoente? Embora não seja exclusividade dos homens de quando estar por baixo, no abstrato front amoroso, jogar concreto por cima, quando um maXchYo chega a rogar pela famigerada da discussão é porque seu time já está na segunda divisão, no mínimo, podendo pender a cabeça e daí ganhar acertadamente o Trofe(lll) MARIA DA PENHA. Aqui, no entanto, para não perder o (f)oco da(s) que(e)stão acima, pensemos pelas Liliths, Evas, Afrodites, Helenas, Marias, Madalenas, Isoldas, Lucrécias, Joanas, Carlotas, Elizabeth(s), Desirées, Ortizes, Elviras... ...Dilmas (O que é isso companheiro?) etc, ou seja, um infinito caleidoscópio de metáforas que se constituem como fragmentos do discurso fremoroso. Estes são pincelados  convenientemente, a torto e à esquerda, para se garantir território, porém, em caso de perdas de qualquer ordem, o clube recorre somente àqueles mais afe©tuosos possíveis. Curiosamente, já há algum tempinho em que se vê negociações a respeito dos processos emancipatórios da mulher (Inclusive para democratização do ensino!), mote de que então ainda tanta problemática com a porosa? Enter/tanto, se tem mesmo que ser assim,  pelo menos vamos potencializar a gloza: Pagu, Cecília, Hilda, Adélia, Leila, Alice, Elisabeth, Orides, Machado, Josely, Olga, Claudia, Carmem, Helena, Ledusha, Ana C., Germina... ...Cazuza, Rita Lee, Chico Buarque(?). Todavia se a auta-intensão é mesmo a LOVERDOSE, não carecemos realmente de ícones da literatura e muito menos da música, pois esta, a nossa MPBleaaargh, já está bastante abastecida com drogas para soulfridos de todos os plexos. Sendo assim ou por tudo isso, sugiro aos momentaneamente não-mulherzinhas, enquanto há tempo, a adesão ligeira à  lei JOÃO PENEDO:  §Parágrafo único: CHEGA DE ENTRAR MUNDO E SAIR FALADO!

sábado, 19 de março de 2011

ADRENALINA LITERÁRIA

Timidamente, venho eu confessar que aquela transformação proferida em textos anteriores, em busca de uma sociedade mais justa, para além do pretinho básico, iniciada e paralisada no sistema prisional capixaba há mais ou menos 20 anos e recentemente retomada, por este que voz fala tchistre, foi novamente interrompida, portanto, ainda permaneceremos por mais algum templo imundanos. Dos riscos e triscos já citados, o que não contei foi o fato da missão ser terminal: eram duas horas de ônibus para ir e mais duas, no mínimo, para voltar, devido ao engarrafamento (com direito a doses de celular, sem gelo) pelas obras na Rodovia do Contorno; além de, em dias de lluva, o lamabarred quilômetro que separa o ponto final do ônibus das unidades de correr são. Tudo isso exigia o çul da gia, mais um esforço hercúleo deste, nem semideus nem semita nem messias, ainda! Assim sendo, apesar de o leite do meu primogênio hilho estar por hora comprometido, devido ao meu sangue líndio que faz valeporcamente para sua subsistência ou álgool do tipo, fui em busca do meu velocípe de couro para alçar pragmáticas pedaladas a minha combavida lida, voltaire a pensar no doutorado. Resolvi, então, assistir à primeira aula do semestre da admirável e professora de pós-graduação Fabíola Padilha, assim que vi na sua bibliografia de rumo o curso do meu riso: “A Escrita de Si na F[r]icção Brasileira Contemporânea”. Achei o máximo! Agora sim, de bacterias recarregadas,  pude retornar ao transcol, meu sítio de recorrente transpiração, pois minha preparação Física int(é)lectual é veemente/mente testada. Ali desafia-se Newton, já que a prática cotidiana exige que o atleta persista no percurso contrário ao arrranque do veículo (altomotivo) e à cAlma do motorista (pagá, passá, caí e levantá); a tal da inércia fica por conta do apertamento, também hátritos, quando espremem-sê/men entre dois ou três onde há mais quatro, cinco, seis dezenas de corpos num mesmo espaço. Uma pena é que boa parte da periferia já tenha se rendido mesmo ao Pilates e, como sempre, não valoriza o que tem em mãos. Bom, eu lavo as minhas, já que pelo menos, como vereastor (ou pastoreador), dr. Pôncio me garantiu que as balas perdidas que ali ainda existam serão todas resgatadas para o nosso rebanho: Vila Velha caiu em suas graças! Como podem notar não dei a labuta por encerrada: COMPRIMIDOS DE TODO O MUNDO, UNÍSSONOS,  por enquanto, pelo ar da nossa graça(!), lubrifinquem os compressores e, compressas!!!

sexta-feira, 11 de março de 2011

MAIS MASMORRA NA MEMÓRIA

Presídio, dia de sexta-feira, véspera de carnaval, em vias de entrar em sala, mentalizando uma transvalorização em mais uma superaula de “Português Motivacional”, me veio a Pedagoga, de supetão, afirmannndo um Tema Transversal a ser trabalhado em caráter emergencial: Carnaval ou Dia Internacional da Mulher ou Ambos, vide as datas, pois faríamos uma mega-apresentação de colagens e textos para toda a comunidade carcerária e parentes, na semana seguinte após feriado, “já que também as turmas da manhã haviam escrito coisas lindas, emocionantes, que eu tinha que ver...” Atravessei-me todo! Primeiro porque com o advento de algumas facções evangélicas e carismáticas (ambas de caráter pentecós e tais), o carnaval de modo geral caiu em desgraça! Segundo, mulher, mãe, esposa e correlatos já são assuntos complexos para boa parte dos soltos no mundo, imagine para encarcerados, bastante estigmatizados e estigmatizantes. Daí, essas empreitadas carecem de planejamento, de uma introdução para comover a plateia, para depois mostrá-las como causas universais. Tentei: “...lembrem-se da mãe terra que nos alimenta com seus frutos e que, devido ao seu ciclo de fertilidade, deu-se a origem do carnaval, das religiões e das permissividades entre o sagrado e o profano, às custas das quais nos ‘divertimos’...” O burburinho era geral: “putas”, “piranhas”, “coisa do satanás”, “quero falar disso não...” [Caramba]: “gente, para se falar de algo não se tem que necessariamente elogiar, falem o porquê de vocês detestarem a coisa, depois a gente discute suas razões, eu preciso é de ver o nível do texto de vocês... Inventem alguma coisa...” / “Professor, eu não sei inventar nada não... Eu também não! Eu também não! Eu tamb...!” / “Usem a imaginação...” / “Não sei imaginar não...” / “Contem estórias engraçadas sobre a temática que escolherem...” / “Professor, eu não vejo carnaval faz cinco anos...” / “Escreva sobre o seu último, ora”... / “Mas é por causa dele que estou aqui...” / “Então fale em terceira pessoa, rapá, pelo amor de Zeus, não me comprometa, político faz assim, você não sabe? “Só existe corrupto porque existe corruptor” [escrevi no quadro] , viu, é assim que se faz!” / “Ah, assim sim, Pedro...” [Xiii, acho que a Dona não vai gostar!]

segunda-feira, 7 de março de 2011

DE VOLTA AO CÁRCERE MEMÓRIA

Digo só pra vocês que, há mais ou menos 20 anos, entrava eu numa penitenciária pela primeira vez para nunca mais esquecer... Vou me explicar, acabara de me formar em Mecânica na Escola Técnica Federal do Espírito Santo (ETFES, hoje Ifes), mas como minhas notas de segundo grau não foram das melhores não se concretizou de cara o esperado estágio. Minha mãe, a grande causadora de tudo, falecera no início do processo e na sua ausência concretizou-se a esbórnia de uma vida inteira, pelo menos até aqui. Minha irmã, vendo aquela situação, usou de sua “influenza” e me conseguiu o primeiro trabalho de carteira assassinada no Instituto de Readaptação Social (IRS), naquela época ainda na Glória. Apesar do receio, estava na dureza e, além disso, poderia colocar meu marxismo de araque em defesa dos oprimidos. De cara fui rejeitado pelo diretor da cadeia, um Tenente-Coronel, que aos seus olhos, franzino, bem-educado e ingênuo: “Isso aqui não é lugar pra você não!”. No entanto, eu já havia assassinado contrato com a Secretária de Justiça, bati o pé e fiquei, mesmo contra a vontade dele. Descobri rapidamente que ali ninguém estava muito afim de construir uma sociedade mais justa, mas igualiotária. Também descobri que deveria tomar tanto cuidado com os detentos quanto com os detentores, o que não me foi suficiente... A grana bancava os pequenos vícios, seguia em frente então. No final de um ano, ainda não tinha passado por nenhuma rebelião, toda a truculência a que assisti viera da Casa de Detenção, onde ficavam os presos que aguardavam julgamentos (Soubera que alguns quando chegavam a ser julgados já haviam cumprido muito mais que a pena, calúnia!). Foi quando de uma brincadeira com um colega, um senhor aparentemente espirituoso [de porco], levei uma porrada que me quebrou dois dentes. Levamos ambos um balão. Eu aproveitei o meu e, como estava mais leve de dois mastigantes, saí voado dali! Providencialmente aparecera na mesma ápoca um estágio na CST, onde cheguei a fichar, mas pelas incompatibilidades liderológicas, saí ao fim de três anos. De lá para cá passei pela Universidade e simultaneamente por alguns projetos sociais, porém talvez nunca tenha esquecido tal contrariedade, a de nunca ter salvado o mundo. Recentemente, desgostoso de trabalhar em faculdades e sempre sem a devida disciplina para os concursos da vida, optei, como Designação Temporária da SEDU, para trabalhar no sistema prisional: Complexo Penitenciário de Xuri, como professor de "Português Motivacional". Obviamente que, apesar do pouco tempo, já fui mais do questionado sobre os riscos presentes nisso... Claro que me defendi alegando os perigos externos, “já que lá eles já estão presos!” “É, mas você também!!!" ... ... ... persistencialismo Existe.

quarta-feira, 2 de março de 2011

CULTURA.... E SE TIRIRICA FORA CURA!

Palhaçada, hein, Tiririca na Comissão de Educação e Cultura da Câmara? Então, é para rir, chorar de rir... Ou rir de chorar? De acordo com os comentários lidos por mim na Folha.com - Poder, estamos mais para o último caso. Todavia há pouco mais que uma década outro artista consagrou tal refrão: “Tiririca na cultura tanto bate até que fura”. Foi o visionário, agora saudoso, Itamar Assunção, no seu CD, Pretobrás. Neste, fazia ele referência a epidêmica “Florentina”, que elevou seu cantor ao status de celebridade. O que quase ninguém sabe é que, durante toda infância, nosso atual Deputado escutou muito coisas do tipo: menino, larga esse caderno e vai para o picadeiro... Seu burro, tá querendo fazer concurso, é?! E ele, como em todo conflito de geração, ficava demasiadamente contrariado com aquilo.  Hoje, reconhece que os adultos sempre querem o melhor para as suas crianças, os filhos da nação... Ah, Gazu, não seja ridículo!!! Essa foi boa, isso mesmo, todo esse contexto é passível de riso, con cerveza. Por exemplo: por que não colocar nosso Nobre Protagonista para desnovelar o agronegócio e a protelação da amazônia, uso e lambuzo dos recursos minerais, vegetais e humanos não-duráveis, o desenvolvimento assustentável, reforma da carga tribunária e a desapropriação do judiciário... Ora, meu caro, porque aí a cartilha já está pronta, não por restritos atores da comédia, como o supracitado, mas por astros dignos do oscar, "Aces of Dissimulacion". Assim sendo, se realmente o nosso personagem tiver problemas no aprendizado, como já foi CUASE comprovado,  talvez isso demore tempo suficiente para que aprendamos a lidar com nossos ph.D.’s da Picaretagem.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

UM BONDE CHAMADO TIGRÃO

Lembro-me bem de ter, em tevê aberta, assistido nas madrugadas da vida a muitos bons diretores, como Fellini, Truffaut, Leone, Hitchcock, Costa-Gavras, Kubrick, Kurosawa, Scola, além de muitos outros, quando a coisa ainda se chamava de cinema autoral. Bem à margem disso, havia também o difamado cinema nacional, pois quase sempre era proibido para menores, principalmente os filmes baseados na dramaturgia de Nelson Rodrigues, quando carecia mais de driblar a vigilância severa de minha mãe (ela não tinha como reconhecida em seu dicionário a palavra puberdade). Havia um pouquinho de putaria, é claro, mas proporcionaram-me pon-to-de-vis-tas dificilmente presentes no meu cotidiano. O complicador era que o botão de volume da televisão tinha mau-con-ta-to, então, ora era baixo demais ora um esporro, o que me causara algumas crises diplomaternas, resolvidas a chinelas e choromelas. Uma vez, por exemplo, ela quase me flagrou com a Darlene Glória, em-pê-lo, no Toda Nudez Será Castigada, rapidamente me cobri e ressonei feito louco. Ela ficou ainda algum tempo para confirmar a veracidade do sono, por fim se convenceu ou cansou-se e foi dormir. Daquela escapei ileso. Para se ter uma idéia da polícia doméstica: de outra vez, alguém deixou vazar para sua mãe que havíamos visto algumas colegas a experimentarem roupas, umas das outras, de cima de uma mangueira indiscreta (até hoje desconfio que foi uma vingança das luluzinhas). Bom, a minha matriarca também descobrira, chegou em casa uma fera e, enquanto desabava em mim um sermão, a rábula da irmã resolveu: Ah, mãe, quem quiser que prenda suas cabritas... #Ambos berraram bééém naquele dia# ...bom, voltemos à arte que menos arde! Simultaneamente ao cinema, eu já desenvolvera até ali um certo sabor por música e literatura: a primeira sempre gozou de uma permissiva omissão paterna, assim, as mais cacofônicas eram executadas somente em situações festivas, mas nunca cantadas pelas cercanias do lar, em dias normais; quanto à leitura da escrita (as revistas de visual impróprio ficavam bem malocadas), nossos livros, além de clássicos da literatura brasileira datados até o século XIX, eram em grande parte didáticos; com exceção de Jorge Amado, que tinha como aval o carimbo da biblioteca da escola e a rede globo. Quando consegui levar escritores realmente pesos pesados para casa, a carne já se tornara fato consumado, portanto, fui ler os clássicos de outros povos e eras, sutilezas de outra ordem (daí, reencontrei-me de novo com o cinema), depois dediquei-me à brasileira contemporânea. Enfim, formou-se um repertório simbólico, mostrando-me as adversidades culturais do mundo, em cada tempo e espaço... E daí, Gazu? Aí que, Aldair, o homem-humano desde que se desentende por gente testa os limites de se viver em sociedade, no entanto, quando aparenta tudo estar su-per-na-ca-ra, duzentos canais por assinatura (embora quase a metade, religiosos), e qualquer um pode facilmente acessar muito mais pela internet, sem grandes esforços, desde que não seja algo que sirva de apologia para coisas ruins [Já levantei a premissa de que o Sarney é o que é porque escutou demais o Bonde do Tigrão: "Martela, martela..."]. Mesmo assim, a sociedade investe um tempo danado em películas açucaradas ou a salvar o planeta da ganância alienígena ou da possessão demoníaca ou de equivalentes e se esquece da usura dos que mais lucram com tais filmes; como o acúmulo do cúmulo, esses maléficos antagonistas ainda, podendo explodir galáxias ou possuindo todo o sobrenatural por condição, "los maletas", temam em encerrar seus dias na trama lutando kung-fu... É mermo, né, professor, acho que o capeta encarnou no tal do Bruce Lee!!!

sábado, 26 de fevereiro de 2011

QUANDO A POMBA GIRA E O EXU JAZ CAVEIRA


A bronca com música de celulares em ônibus já foi motivo de queixa minha. Agora volto ao sistema de transporte coletivo para ressaltar outras de suas benesses, por exemplo: a complacência de motoristas e trocadores com vendedores e pregadores: “Eu já fui drogado...". "Que droga! E parou pra isso?..." É um entra e sai maluco, às vezes, um atrapalha o outro, e se você não compra tal caneta ou doce, o agente da massiva puxa o troço com força da sua mão e vocifera: "que Deus lhe dê em dobro..."; "carece não, sou diabrético". Querem filantropia, que abram as portas dos tribunais: "MERETRÍSSIMO, tô vendendo pra não roubá!" Na Câmara dos Deputados, do Senado e de congêneres, então, nem venda, somente peça, pois de quatro em quatro anos eles ficam nos mendigando votos descaradamente mesmo. Caso lhe perguntem o porquê de você não arrumar um serviço decente, seja honesto, responda que nunca gostou de trabalhar, que seu sonho de infância era ser político. Ora, eu também poderia "tá matando ou roubando, mas tô dando aula" e no trajeto do trabalho ou da faculdade é onde e quando consigo colocar minhas ideias e leituras em dia... Assim sendo, estava a regozijar-me no meu Grande sertão: veredas, quando um cidadão que não pagou a passagem, pois entrou pela porta do meio, começou a gritar a Bíblia. Eu coloquei meu livro na altura dos olhos para tentar recuperar o deleite; o cujo se aproximou mais de mim e aumentou a voz; não me fiz de rogado, colei o livro na minha fronte (quase que pude sentir o suor do sertão). Daí, o arauto me cutucou e perguntou se eu achava que o que estava lendo era mais importante do que a Palavra. Amigo, você vai pro céu? Retruquei. Com certeza, respondeu. Então não quero ir não, você é muito chato!!!! O camarada ficou possesso, esbravespumava sobre ser eu o próprio anticristo. Pulei rapidamente do ônibus e peguei outro: “Deus existe mesmo quando não há. Mas o demônio não precisa de existir para haver”, frisou-me compadre meu, Riobaldo...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

BONITO É SER INTELIGENTE


Sou herdeiro de uma geração que achava bonito ser feio (sic: sinal de incompatibilidade na concordância), a da Contracultura. Com seus espirituosos adeptos: cabelos grandes e desgrenhados, roupas largas e coloridas, muitos badulaques e tatuagens panteístas... Sarada era a natureza! Contra o materialismo financeiro e o pedantismo do saber enciclopédico, buscavam eles maneiras mais espontâneas de se viver, novas percepções de mundo, algo menos cerebral, celebrado, e mais sensorial, performático. Daí, os eleitos: sexo, drogas, “rock-and-roll”, hoje ainda mais demonizados que no tempo da vovó, entretanto, foi justamente por isso que se transformaram num grande investimento! Entre entusiastas e detratores, a maioria os tem como trunfo para manutenção do próprio egoísmo e riqueza... Como, Gazu? Vejamos, prezada. Primeiro: prazer ou procriação? Embora aparente que todos nasçamos de castos “papai e mamãe”, entre quatro paredes, “o corpo cede, a boca sede”. No “frisson” do pecado, vendem-se de anticoncepcionais a cervejas, Bíblia... Segundo: a repressão ao tráfico propicia a todos os poderes do Estado um ambiente promissor à corrupção e uma baita audiência a uma imprensa conivente e sensacionalista (Ainda há quem fale em poder paralelo!); o traficante, por sua vez, é um capitalista selvagem, como tal, somente visa o lucro e não o divide de maneira justa com os seus subordinados. Ao final, víltimas e alcoozes se deslumbram dos assistencialismos vigentes! Terceiríssimo: o rock errante em suas variações sobre carros, machões, princesas, encontros, traições, baladas, pegações, fixações... e transações mercadológicas, depois de altos e baixos, nem guspe nem cospel: happy! Mesmo assim, apesar de sempre se esperar um pouco mais de criatividade da nossa indústria cultural, eu aposto muito mais nas novas plataformas digitais para recuperar contribuições atemporais de nossa produção artística em vias de esquecimento. Não entendam isso como sinal de saudosismo em relação a Ovni’s & Ovício’s..., pois alternativo por falta de alternativa não conta!!! Ok... Então pesquisem sobre a Tropicália para na próxima aul... DE SOLAPADA, OUÇO UMA NINFEIA DIZER: “Eu, hein, professor, nessa época eu nem era nascida ainda!” Ah, leitor, foi quando me veio um Dark Inside of  the Moonster(!): “Você se acha uma cristã, né, minha filha?” “Com certeza, professor, claro, credo, Deus me livre...” “Pois é, então, não falo nem mais do Filho... O próprio Pai já tem pra lá de dois mil anos e talvez lá muito menos você existisse, logo, como posso levar a sério aquilo que me diz!” [...Oportunista do Senhor!]

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A HIPÉRBOLE E AS FASES DO HOMEM

Quando recém-vexado ao mundo, o choro a cargo do instinto nos garante o oxigênio dos pulmões. Logo aprendemos intuitivamente que, além das lágrimas, precisamos exagerar também em risos, para prolongarmos o nosso prazer e dos nossos mais (mãe + pai naturalmente correto, por sermos mamíferos). Posteriormente, ao ingressarmos na oralidade, não desprezamos os artifícios anteriores, mas as cobranças sobem de nível, então aprimoramos o disfarce: convenientemente aquilo que deve ser enaltecido perto da mãe e xingado perto do pai ou o contrário, mas aí devemos falar que foi o outro que nos ensinou tal coisa e deixemos o pau quebrar! Bem depois, na puberdade, perdemos poder de negociação: déspotas prepotentemente esclarecidos, passamos a ser o centro do universo. As transformações psicofísicas nos tornam uns D-E-M-O-N-S-T-R-O-S, tememos nosso corpo: poço de anseios, medos, frustrações; também repugnamos nossos paes (pai + mãe, de patrimônio, capitalíferos que já somos), porque os estúpidos estão pré-ocupados demais em nos manter e não entendem nossos dilemas. Se superado tudo isso, tornamo-nos então dissimulados profissionais, damos bom-dia ao patrão, quando deveríamos pedir aumento, e deixamos para desabafar no trânsito com alguém na faixa certa na hora errada. Avançando, lembramo-nos frequentemente duma infância / adolescência que não necessariamente existiu, “um lugar chamado Saldade Hill” (de mim), já então bastante maltratados pela dor do parto e pelo suor do trabalho... A crise aumenta conforme a idade vem! Daí, ninguém mais quererá escutar minhas edificantes estórias; daí o mundo será um peso sobre meus ombros arqueados... Daí que, meu caro amigo, Adão tinha sim para si um paraíso e talvez não fosse mais egoísta, por não ter o nosso umbigo!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

COM SOL SOM E LOTAÇÃO: TRANSCÓLERA

Sexta-feira, 28/01/2011, meio-dia, indo para o trabalho, “Calor de um sol divino”, todavia, quando se pega um transcol que tende a ficar lotado (terminal Itaparica-501) e ouvindo um infame de um celular tocando “música”, fica-se em dúvida de ambos. Esperei o desconfiômetro do cidadão ativar até a chegada ao pedágio. Quem usa o transporte reconhece o percurso da minha paciência. Então falei: “Amigo, já pensou se todos que têm celular no ônibus resolverem ouvir som”. Veio a fatídica resposta: “Mas é louvor...”. A tréplica: “Mas fé e bom senso precisam andar juntos, não?...” Ele continuou a ouvi-la como se nada tivesse sido dito, daí desabafei: “Rapá, tem jeito não, hein, só colocando fone de ouvido na cesta básica”. Saí da minha cadeira, pois o próximo passo seria a violência, a qual sou contra enquanto ainda racional. Puto da vida, em pé, escuto uma voz feminina dizer: “Se fosse um bandido escutando funk, ninguém falaria nada!” Diante de tanta conivência coletiva com a mesquinharia soltei impropérios para todos já esperando pelo pior... Censuraram-me como se eu estivesse doido, mas o som parou e pude curtir o já velho e monótono ronco do motor, embora de pé! Já no ar condicionado do serviço pensei numa boa resposta: “Dona, não me lembro de político escutar funk; além disso, bandido é com a polícia, eu sou professor, meu negócio é educação: escutar música alta, de qualquer tipo, no ouvido alheio é falta de educação e pelo que me parece alguém aqui fugiu da escola!” Poxa, vida, mas tava um calor...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A HIPÉRBOLE É CONTAGIOSA E MATA

As autoridades competentes não são em número suficiente para evitar tal calamidade, por isso apelo para a sociedade em geral. Vamos nos Prevenir para não disseminar ainda mais tal perigo entre os nossos pares, para não tê-los como futuros inimigos. Aqui vai a forma mais comum de contágio, pois quem nunca testemunhou uma praga desta em livro, jornal, revista, telenovela, cinema, internet: “Num tempo inenarrável, no extremo nada, existia alguém que queria tudo, normalmente um guerreiro, não um qualquer, sempre o mais valente de uma tribo de algum lugar bastante exótico e distante. Ele, então, pegou o pior caminho de que se tinha desconhecimento, subiu na montanha mais alta e escabrosa do fim do mundo, para perguntar ao maior sábio do universo, um monótono ancião, como conseguiria encontrar a capacidade de ser infinitamente feliz, esta também conhecida por FELICIDADE. Daí, descobre que ela sempre lhe esteve presente, porém, como o nosso herói também sempre se achou o mais desafortunado de todos os seres, jamais a enxergou”. Com isso nas ideias, com raríssimas exceções, os afetados não mais se contentam em subtrair da nossa vida o sossego: seu time tem que ser sempre o melhor; seus negócios, os mais bem sucedidos, não importando os meios; seu som, o mais alto; seu carro, o mais potente; sua fé-demais, por conseguinte, a sua religião deve ser a única professada; perseveranças&percevejos e por aí vai... Eu costumo atribuir a isso a palavra fascismo, entre outros aspectos: o cúmulo da intolerância à alteridade e à diversidade cultural. Portanto, cuidado! Vale também lembrar de que tal doença ainda pode chegar a um ponto em que o impaciente comece a ter devaneios do tipo: “Meu amor, você é o ar que eu res-piro?”E pira mesmo! Devido ao fato de que o protagonista entende seu sentimento como o mais puro e verdadeiro de todos; logo, aquele ou aquela que não lhe corresponder à altura, tornar-se-á falso e vil... O quê, você acabou de escutar algo do tipo, então corra, porque está candidata a ser a próxima vítima de morte por asfixia...

domingo, 20 de fevereiro de 2011

TENHAMOS PRECAUÇÃO COM O DISK-DENÚNCIA

Sinto-me na obrigação de dizer-lhes a respeito, porque numa “galáxia”  bastante equidistante daqui, também caiu nas graças da “mídia” e das “autoridades locais” algo parecido com isso, que era assim: qualquer “cidadão”, de bens, que duvidasse das atividades de algum de seus compatriotas poderia ligar para um número amplamente divulgado por seus “protagonistas”. Então, um mero “contribuinte” resolveu informar que numa espécie de “Assembléia Legislativa” local havia “ladrão”. Isso é “trote”! Resvalou a voz “feminina” que lhe atendeu. Claro que não! Ora, minha “senhora”, eu sou um “trabalhador”, estou falando isso, porque resolvi contribuir... O outro lado desligou! Renitente, insistidas vezes repetiu o ato até que depois da “milésima” tentativa deram-lhe ouvidos, mas não sem lhe demarcarem o telefone, o celular, C.P.F, C.I, P.I.S e o C.P.M.F, entre outros impostores. Também passaram em sua residência, casa, barraco, ou sei lá como chamam isso por lá e levaram-no para que presenciasse a operação. Caso nada houvesse, de lá mesmo já iria em “cana”! A Elite da Elite da Truculência Especial foi quem se encarregou da tarefa. Ficaram “horas” a vasculhar o referido espaço, pela demora o “bom samaritano” achou até que deveriam buscar um ônibus espacial, porque dali sairiam muitos “meliantes”. Cochilara diversas vezes na “viatura”, quando vem do “suntuoso prédio” um bando de “brutamontes” segurando um “ser” franzino com os “dentes” da frente devidamente arrancados (marca registrada daquela Força Especial) e já parabenizando o “delator” pelo “sucesso da operação”. Este consentiu com os cumprimentos meio sem saber o que fazer daquele momento. Quando o outro foi inquirido pelo “delegado” sobre o que estaria fazendo naquela “respeitada instituição” em atitude tão suspeita, o “bendito” disse que foi lá por indicação “dum dotô”, pois um daqueles “notabilíssimos” lhe prometera emprego em época de campanha. Como a secretária o deixou entrar no “gabinete”, anoiteceu e ninguém apareceu, ele resolveu tirar um cochilo na confortável cadeira do “deputado”; até que foi acordado aos berros, solavancos, socos e pontapés por um bando “de gente”, quando ele justamente pesadelava estar numa briga de “torcidas”... Bom, o desfecho disso nem será aqui importante... Desculpem-me pelo excessivo uso das aspas no texto, mas transcrever algo de caráter tão mediúnico requer arriscadas adaptações. Contudo, o que quero lhes passar é o seguinte: “cuidado com o esse tal de disk-denúncia, que esse troço pode funcionar!”

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

MERGULHO GAY CAPIXABA

Em tempos remotos, estava num bar amigo em Jardim da Penha, bebericalmo, numa tarde de sexta, véspera de carnaval, entre desprovidos de grana (ou de paciência com as aglomerações nos baú-neários capixabas). Em sumo de limão com cachaça: junto à galera do Brejo da Cruz que presta serviços àquela comunidade. Daí, tocou uma música do já então falecido mas ainda saudoso Cazuza e suscitou-se o bandido comentário: Pena que era viado! Acho que fui punido pela heresia, se eu não tivesse insistido para tirarem do canal de samba, talvez não ouvisse isso nem passasse pelo que viria depois (senta, que lá vem estória). O troço descambou em comentários mais sórdidos que sortidos: poucavergonha, pe-ca-do, falta-de-caráter e trapossafins. Eufêmico, argumentei que era questão de orientação sexual, mas depois que não houve muita adesão à ideia deslizei-me para a pilhéria: Ah, zorra nenhuma, que pai orienta um filho a ser gay, né verdade? Logo, tá mais para desorientação, algo assim... dionisíaco! Tião-ni-o-quê??? Esbravejou alguém!!! Ai, minha Santa Inquisição, rogay..., foi então que o nosso anfitirano apareceu com a premissa de que aquilo era mesmo é doença..., novas desavenças: ...porque doença tem cura, só a Aids que não, até porque era mesmo coisa de viado etc tce cet. Bom, lobotomias à parte, fiquei momentaneamente a salvo aproveitando para subtrair meu pensamento daquela arena, lembrando-me de que já na próxima quinta-feira seria o início do semestre letivo na faculdade: hellniões com patrões, coordenadores de curso, psicopedagogos, colegas, não-colegas, alguns alunos e vasta clientela ...DOENÇA / DO-EN-ÇA / D-O-E-N-Ç-A... vamo vê, se eu tivesse uma crise na quarta-de-cinzas, será que conseguiria um atestadorzinho pára pelo menos dois dias? Terremotos templos...