
///////////////////////////////////////////////////////////by Pedro Antônimo ///////////////////COM FIRA TAMÉM U http://atirandeletra.blogspot.com/
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
UM BONDE CHAMADO TIGRÃO

sábado, 26 de fevereiro de 2011
QUANDO A POMBA GIRA E O EXU JAZ CAVEIRA
A bronca com música de celulares em ônibus já foi motivo de queixa minha. Agora volto ao sistema de transporte coletivo para ressaltar outras de suas benesses, por exemplo: a complacência de motoristas e trocadores com vendedores e pregadores: “Eu já fui drogado...". "Que droga! E parou pra isso?..." É um entra e sai maluco, às vezes, um atrapalha o outro, e se você não compra tal caneta ou doce, o agente da massiva puxa o troço com força da sua mão e vocifera: "que Deus lhe dê em dobro..."; "carece não, sou diabrético". Querem filantropia, que abram as portas dos tribunais: "MERETRÍSSIMO, tô vendendo pra não roubá!" Na Câmara dos Deputados, do Senado e de congêneres, então, nem venda, somente peça, pois de quatro em quatro anos eles ficam nos mendigando votos descaradamente mesmo. Caso lhe perguntem o porquê de você não arrumar um serviço decente, seja honesto, responda que nunca gostou de trabalhar, que seu sonho de infância era ser político. Ora, eu também poderia "tá matando ou roubando, mas tô dando aula" e no trajeto do trabalho ou da faculdade é onde e quando consigo colocar minhas ideias e leituras em dia... Assim sendo, estava a regozijar-me no meu Grande sertão: veredas, quando um cidadão que não pagou a passagem, pois entrou pela porta do meio, começou a gritar a Bíblia. Eu coloquei meu livro na altura dos olhos para tentar recuperar o deleite; o cujo se aproximou mais de mim e aumentou a voz; não me fiz de rogado, colei o livro na minha fronte (quase que pude sentir o suor do sertão). Daí, o arauto me cutucou e perguntou se eu achava que o que estava lendo era mais importante do que a Palavra. Amigo, você vai pro céu? Retruquei. Com certeza, respondeu. Então não quero ir não, você é muito chato!!!! O camarada ficou possesso, esbravespumava sobre ser eu o próprio anticristo. Pulei rapidamente do ônibus e peguei outro: “Deus existe mesmo quando não há. Mas o demônio não precisa de existir para haver”, frisou-me compadre meu, Riobaldo...
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
BONITO É SER INTELIGENTE
Sou herdeiro de uma geração que achava bonito ser feio (sic: sinal de incompatibilidade na concordância), a da Contracultura. Com seus espirituosos adeptos: cabelos grandes e desgrenhados, roupas largas e coloridas, muitos badulaques e tatuagens panteístas... Sarada era a natureza! Contra o materialismo financeiro e o pedantismo do saber enciclopédico, buscavam eles maneiras mais espontâneas de se viver, novas percepções de mundo, algo menos cerebral, celebrado, e mais sensorial, performático. Daí, os eleitos: sexo, drogas, “rock-and-roll”, hoje ainda mais demonizados que no tempo da vovó, entretanto, foi justamente por isso que se transformaram num grande investimento! Entre entusiastas e detratores, a maioria os tem como trunfo para manutenção do próprio egoísmo e riqueza... Como, Gazu? Vejamos, prezada. Primeiro: prazer ou procriação? Embora aparente que todos nasçamos de castos “papai e mamãe”, entre quatro paredes, “o corpo cede, a boca sede”. No “frisson” do pecado, vendem-se de anticoncepcionais a cervejas, Bíblia... Segundo: a repressão ao tráfico propicia a todos os poderes do Estado um ambiente promissor à corrupção e uma baita audiência a uma imprensa conivente e sensacionalista (Ainda há quem fale em poder paralelo!); o traficante, por sua vez, é um capitalista selvagem, como tal, somente visa o lucro e não o divide de maneira justa com os seus subordinados. Ao final, víltimas e alcoozes se deslumbram dos assistencialismos vigentes! Terceiríssimo: o rock errante em suas variações sobre carros, machões, princesas, encontros, traições, baladas, pegações, fixações... e transações mercadológicas, depois de altos e baixos, nem guspe nem cospel: happy! Mesmo assim, apesar de sempre se esperar um pouco mais de criatividade da nossa indústria cultural, eu aposto muito mais nas novas plataformas digitais para recuperar contribuições atemporais de nossa produção artística em vias de esquecimento. Não entendam isso como sinal de saudosismo em relação a Ovni’s & Ovício’s..., pois alternativo por falta de alternativa não conta!!! Ok... Então pesquisem sobre a Tropicália para na próxima aul... DE SOLAPADA, OUÇO UMA NINFEIA DIZER: “Eu, hein, professor, nessa época eu nem era nascida ainda!” Ah, leitor, foi quando me veio um Dark Inside of the Moonster(!): “Você se acha uma cristã, né, minha filha?” “Com certeza, professor, claro, credo, Deus me livre...” “Pois é, então, não falo nem mais do Filho... O próprio Pai já tem pra lá de dois mil anos e talvez lá muito menos você existisse, logo, como posso levar a sério aquilo que me diz!” [...Oportunista do Senhor!]
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
A HIPÉRBOLE E AS FASES DO HOMEM
Quando recém-vexado ao mundo, o choro a cargo do instinto nos garante o oxigênio dos pulmões. Logo aprendemos intuitivamente que, além das lágrimas, precisamos exagerar também em risos, para prolongarmos o nosso prazer e dos nossos mais (mãe + pai naturalmente correto, por sermos mamíferos). Posteriormente, ao ingressarmos na oralidade, não desprezamos os artifícios anteriores, mas as cobranças sobem de nível, então aprimoramos o disfarce: convenientemente aquilo que deve ser enaltecido perto da mãe e xingado perto do pai ou o contrário, mas aí devemos falar que foi o outro que nos ensinou tal coisa e deixemos o pau quebrar! Bem depois, na puberdade, perdemos poder de negociação: déspotas prepotentemente esclarecidos, passamos a ser o centro do universo. As transformações psicofísicas nos tornam uns D-E-M-O-N-S-T-R-O-S, tememos nosso corpo: poço de anseios, medos, frustrações; também repugnamos nossos paes (pai + mãe, de patrimônio, capitalíferos que já somos), porque os estúpidos estão pré-ocupados demais em nos manter e não entendem nossos dilemas. Se superado tudo isso, tornamo-nos então dissimulados profissionais, damos bom-dia ao patrão, quando deveríamos pedir aumento, e deixamos para desabafar no trânsito com alguém na faixa certa na hora errada. Avançando, lembramo-nos frequentemente duma infância / adolescência que não necessariamente existiu, “um lugar chamado Saldade Hill” (de mim), já então bastante maltratados pela dor do parto e pelo suor do trabalho... A crise aumenta conforme a idade vem! Daí, ninguém mais quererá escutar minhas edificantes estórias; daí o mundo será um peso sobre meus ombros arqueados... Daí que, meu caro amigo, Adão tinha sim para si um paraíso e talvez não fosse mais egoísta, por não ter o nosso umbigo!
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
COM SOL SOM E LOTAÇÃO: TRANSCÓLERA

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
A HIPÉRBOLE É CONTAGIOSA E MATA
As autoridades competentes não são em número suficiente para evitar tal calamidade, por isso apelo para a sociedade em geral. Vamos nos Prevenir para não disseminar ainda mais tal perigo entre os nossos pares, para não tê-los como futuros inimigos. Aqui vai a forma mais comum de contágio, pois quem nunca testemunhou uma praga desta em livro, jornal, revista, telenovela, cinema, internet: “Num tempo inenarrável, no extremo nada, existia alguém que queria tudo, normalmente um guerreiro, não um qualquer, sempre o mais valente de uma tribo de algum lugar bastante exótico e distante. Ele, então, pegou o pior caminho de que se tinha desconhecimento, subiu na montanha mais alta e escabrosa do fim do mundo, para perguntar ao maior sábio do universo, um monótono ancião, como conseguiria encontrar a capacidade de ser infinitamente feliz, esta também conhecida por FELICIDADE. Daí, descobre que ela sempre lhe esteve presente, porém, como o nosso herói também sempre se achou o mais desafortunado de todos os seres, jamais a enxergou”. Com isso nas ideias, com raríssimas exceções, os afetados não mais se contentam em subtrair da nossa vida o sossego: seu time tem que ser sempre o melhor; seus negócios, os mais bem sucedidos, não importando os meios; seu som, o mais alto; seu carro, o mais potente; sua fé-demais, por conseguinte, a sua religião deve ser a única professada; perseveranças&percevejos e por aí vai... Eu costumo atribuir a isso a palavra fascismo, entre outros aspectos: o cúmulo da intolerância à alteridade e à diversidade cultural. Portanto, cuidado! Vale também lembrar de que tal doença ainda pode chegar a um ponto em que o impaciente comece a ter devaneios do tipo: “Meu amor, você é o ar que eu res-piro?”E pira mesmo! Devido ao fato de que o protagonista entende seu sentimento como o mais puro e verdadeiro de todos; logo, aquele ou aquela que não lhe corresponder à altura, tornar-se-á falso e vil... O quê, você acabou de escutar algo do tipo, então corra, porque está candidata a ser a próxima vítima de morte por asfixia...
domingo, 20 de fevereiro de 2011
TENHAMOS PRECAUÇÃO COM O DISK-DENÚNCIA

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
MERGULHO GAY CAPIXABA
Em tempos remotos, estava num bar amigo em Jardim da Penha, bebericalmo, numa tarde de sexta, véspera de carnaval, entre desprovidos de grana (ou de paciência com as aglomerações nos baú-neários capixabas). Em sumo de limão com cachaça: junto à galera do Brejo da Cruz que presta serviços àquela comunidade. Daí, tocou uma música do já então falecido mas ainda saudoso Cazuza e suscitou-se o bandido comentário: Pena que era viado! Acho que fui punido pela heresia, se eu não tivesse insistido para tirarem do canal de samba, talvez não ouvisse isso nem passasse pelo que viria depois (senta, que lá vem estória). O troço descambou em comentários mais sórdidos que sortidos: poucavergonha, pe-ca-do, falta-de-caráter e trapossafins. Eufêmico, argumentei que era questão de orientação sexual, mas depois que não houve muita adesão à ideia deslizei-me para a pilhéria: Ah, zorra nenhuma, que pai orienta um filho a ser gay, né verdade? Logo, tá mais para desorientação, algo assim... dionisíaco! Tião-ni-o-quê??? Esbravejou alguém!!! Ai, minha Santa Inquisição, rogay..., foi então que o nosso anfitirano apareceu com a premissa de que aquilo era mesmo é doença..., novas desavenças: ...porque doença tem cura, só a Aids que não, até porque era mesmo coisa de viado etc tce cet. Bom, lobotomias à parte, fiquei momentaneamente a salvo aproveitando para subtrair meu pensamento daquela arena, lembrando-me de que já na próxima quinta-feira seria o início do semestre letivo na faculdade: hellniões com patrões, coordenadores de curso, psicopedagogos, colegas, não-colegas, alguns alunos e vasta clientela ...DOENÇA / DO-EN-ÇA / D-O-E-N-Ç-A... vamo vê, se eu tivesse uma crise na quarta-de-cinzas, será que conseguiria um atestadorzinho pára pelo menos dois dias? Terremotos templos...
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