sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

BONITO É SER INTELIGENTE


Sou herdeiro de uma geração que achava bonito ser feio (sic: sinal de incompatibilidade na concordância), a da Contracultura. Com seus espirituosos adeptos: cabelos grandes e desgrenhados, roupas largas e coloridas, muitos badulaques e tatuagens panteístas... Sarada era a natureza! Contra o materialismo financeiro e o pedantismo do saber enciclopédico, buscavam eles maneiras mais espontâneas de se viver, novas percepções de mundo, algo menos cerebral, celebrado, e mais sensorial, performático. Daí, os eleitos: sexo, drogas, “rock-and-roll”, hoje ainda mais demonizados que no tempo da vovó, entretanto, foi justamente por isso que se transformaram num grande investimento! Entre entusiastas e detratores, a maioria os tem como trunfo para manutenção do próprio egoísmo e riqueza... Como, Gazu? Vejamos, prezada. Primeiro: prazer ou procriação? Embora aparente que todos nasçamos de castos “papai e mamãe”, entre quatro paredes, “o corpo cede, a boca sede”. No “frisson” do pecado, vendem-se de anticoncepcionais a cervejas, Bíblia... Segundo: a repressão ao tráfico propicia a todos os poderes do Estado um ambiente promissor à corrupção e uma baita audiência a uma imprensa conivente e sensacionalista (Ainda há quem fale em poder paralelo!); o traficante, por sua vez, é um capitalista selvagem, como tal, somente visa o lucro e não o divide de maneira justa com os seus subordinados. Ao final, víltimas e alcoozes se deslumbram dos assistencialismos vigentes! Terceiríssimo: o rock errante em suas variações sobre carros, machões, princesas, encontros, traições, baladas, pegações, fixações... e transações mercadológicas, depois de altos e baixos, nem guspe nem cospel: happy! Mesmo assim, apesar de sempre se esperar um pouco mais de criatividade da nossa indústria cultural, eu aposto muito mais nas novas plataformas digitais para recuperar contribuições atemporais de nossa produção artística em vias de esquecimento. Não entendam isso como sinal de saudosismo em relação a Ovni’s & Ovício’s..., pois alternativo por falta de alternativa não conta!!! Ok... Então pesquisem sobre a Tropicália para na próxima aul... DE SOLAPADA, OUÇO UMA NINFEIA DIZER: “Eu, hein, professor, nessa época eu nem era nascida ainda!” Ah, leitor, foi quando me veio um Dark Inside of  the Moonster(!): “Você se acha uma cristã, né, minha filha?” “Com certeza, professor, claro, credo, Deus me livre...” “Pois é, então, não falo nem mais do Filho... O próprio Pai já tem pra lá de dois mil anos e talvez lá muito menos você existisse, logo, como posso levar a sério aquilo que me diz!” [...Oportunista do Senhor!]

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