terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

COM SOL SOM E LOTAÇÃO: TRANSCÓLERA

Sexta-feira, 28/01/2011, meio-dia, indo para o trabalho, “Calor de um sol divino”, todavia, quando se pega um transcol que tende a ficar lotado (terminal Itaparica-501) e ouvindo um infame de um celular tocando “música”, fica-se em dúvida de ambos. Esperei o desconfiômetro do cidadão ativar até a chegada ao pedágio. Quem usa o transporte reconhece o percurso da minha paciência. Então falei: “Amigo, já pensou se todos que têm celular no ônibus resolverem ouvir som”. Veio a fatídica resposta: “Mas é louvor...”. A tréplica: “Mas fé e bom senso precisam andar juntos, não?...” Ele continuou a ouvi-la como se nada tivesse sido dito, daí desabafei: “Rapá, tem jeito não, hein, só colocando fone de ouvido na cesta básica”. Saí da minha cadeira, pois o próximo passo seria a violência, a qual sou contra enquanto ainda racional. Puto da vida, em pé, escuto uma voz feminina dizer: “Se fosse um bandido escutando funk, ninguém falaria nada!” Diante de tanta conivência coletiva com a mesquinharia soltei impropérios para todos já esperando pelo pior... Censuraram-me como se eu estivesse doido, mas o som parou e pude curtir o já velho e monótono ronco do motor, embora de pé! Já no ar condicionado do serviço pensei numa boa resposta: “Dona, não me lembro de político escutar funk; além disso, bandido é com a polícia, eu sou professor, meu negócio é educação: escutar música alta, de qualquer tipo, no ouvido alheio é falta de educação e pelo que me parece alguém aqui fugiu da escola!” Poxa, vida, mas tava um calor...

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